quarta-feira, 22 de março de 2017

Reunião diocesana de Março

ANOTAÇÕES DA REUNIÃO DIOCESANA DE 18/03/2017. Iniciamos a reunião com a reflexão partilhada do evangelho (Rosildo). Fizemos a dinâmica da cruz, fazendo juntos um cruz recortada (à mão) no papel. Depois de feitas as cruzes, nós comparamos e percebemos que elas são todas diferentes, de acordo com as características de cada um, mas que cada um de nós tem a sua. Então, passamos ao primeiro assunto da pauta, a INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ, assistindo um vídeo “Iniciação à Vida Cristã – Catequese estilo Catecumenal” (Paulinas, com o Pe. Antonio Lelo). O vídeo aborda, de maneira simples e direta, aspectos gerais da catequese de inspiração catecumenal, em suas quatro etapas: Pré-catecumenato, Catecumenato, Purificação (e Iluminação) e Mistagogia (após receber o sacramento). Rossana explicou que a catequese é CRISTOCÊNTRICA, ou seja, é o caminho para levar para Jesus Cristo e fazer a vontade do Pai. Mas será que a nossa catequese está mesmo sendo assim? Ou estamos fazendo nossa própria vontade? Nos dias de hoje, em que as crianças/jovens/adultos chegam à catequese vindos de ambientes não cristãos, muitas vezes sem saber persignar-se (Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), a fazer o sinal-da-cruz, ou mesmo orações simples, como “Santo Anjo”, “Ave Maria” e “Pai Nosso”. Por isso, a Igreja propõe a “inspiração catecumenal”, que nos remete às origens do cristianismo. O caminho para a Igreja propor o retorno à “inspiração catecumenal” não é recente. O Concílio Vaticano II (1962-1965) trouxe a abertura da igreja à participação mais efetiva dos leigos e a catequese acompanha esse movimento: Diretório Geral da Catequese, Catecismo da Igreja Católica (1971), Documento de Aparecida (2007) e Youcat (2015), em nível internacional; e Catequese renovada (1983), Diretório Nacional de Catequese (2006), 3ª Semana Brasileira de Catequese (2009), em nível nacional. Recordamos que a “inspiração catecumenal” não é uma metodologia pronta, mas construída na prática, introduzindo os aspectos da catequese catecumenal que sejam adequados e que façam sentido à realidade em que estamos. É nesse sentido que vamos trazer um desses aspectos, a utilização dos SÍMBOLOS que marcam a caminhada cristã. Escolhemos começar pela simbologia da CRUZ, sinal de morte e ressurreição à luz da fé, fazendo uma breve catequese sobre a cruz e a entrega solene da cruz. Rosildo detalhou um pouco mais as fases do itinerário catecumenal, com exemplos práticos. O PRÉ- CATECUMENATO é o tempo do primeiro contato com os catequizandos e as famílias; tempo das inscrições, das primeiras visitas as famílias, documentação; tempo da Apresentação para a comunidade, tempo de apresentar a Bíblia e ensinar as principais orações. Podemos fazer a inscrição de forma missionária, indo ao encontro das pessoas nos espaços em que se encontram (por exemplo, escolas, etc.) As pessoas precisam ser motivadas a conhecer Jesus Cristo e vir à Igreja, participar da comunidade. O CATECUMENATO é o período da catequese propriamente dita, com os conteúdos próprios do tempo litúrgico, ligados à realidade do catequizando. O CATECUMENATO é a fase da catequese propriamente dita. A ILUMINAÇÃO são encontros que precedem o recebimento dos sacramentos, preparação próxima, celebrações e ritos de entrega. E a MISTAGOGIA são os encontros após os sacramentos, pois a catequese continua por um tempo, para integrar o catequizando à comunidade. Não somos catequistas de 1ª Comunhão ou de Crisma ou de Adultos. Somos catequistas! E a catequese não termina com o recebimento dos sacramentos! Ou continuaremos a fazer uma catequese sacramental, que leva ao sacramento, mas não ao seguimento de Jesus Cristo. O padre comentou que a abordagem foi bastante esclarecedora e propôs que se adotasse nas paróquias o rito das entregas de símbolos, que muito tem muito a acrescentar em significado e em conteúdo de fé, em qualquer metodologia que adotemos. Rosildo fez então a catequese sobre a cruz, a partir da reflexão do texto “Loucura da cruz”, tratando o sofrimento (a dor) como nosso companheiro inseparável. “Como encaramos o sofrimento?” (respondemos individualmente a essa pergunta e alguns partilharam sua resposta, inclusive o padre). Muitos de nós não encara bem o sofrimento, não gosta, se rebela. Mas, com fé e esperança, encara o desafio, procura um caminho, uma solução e, com Cristo, aprende a superá-lo! Com as palavras do texto: “O sofrimento pode ser um grande amigo ou um terrível inimigo, depende de como o encaramos.” E é em nossa humanidade que enfrentamos essa realidade, de uma maneira surpreendente: “Sofro porque dói, sorrio porque te amo!” (do texto). Encerrada a catequese da cruz, a Beth propôs uma rápida avaliação (regular, bom, ótimo) da reunião e sugestões, para isso entregou um papelzinho a cada um. Em seguida, o padre fez o “Rito da entrega da cruz” com assinalação dos sentidos (também entregue a cada um dos presentes) e deu a benção final, seguida do lanchinho. Lembrete: No próximo sábado 25/03/2017 às 8h na Catedral, haverá a Jornada Diocesana de Formação para Catequistas das regiões Catedral e César de Souza e demais interessados.

ANEXO I – PARÓQUIAS PRESENTES: 1. N. Sra. Aparecida, 2. Senhor Bom Jesus (ARUJÁ), 3. S. Benedito (BIRITIBA MIRIM), 4. N. Sra. Aparecida, 5. N. Sra. Paz, 6. S. Antonio de Pádua (FERRAZ), 7. Jesus Divino Mestre, 8. N. Sra. D’Ajuda, 6. N. Sra. Graças, 10. S. Apóstolos (ITAQUAQUECETUBA), 11. N. Sra. Carmo, 12. N. Sra. Rosário, 13. S. Rita Cássia, 14. S. Benedito, 15. S. José Operário-Mogilar, 16. Santuário Mae do Divino Amor (MOGI, região Catedral), 17. Imaculado Coração de Maria, 18. N. Sra. Aparecida e São Roque, 19. N. Sra. Fátima, 20. N. Sra. Paz-Mirante, 21. Santa Cruz-Taiaçupeba, 22. S. Maximiliano Kolbe, 23. S. José Operário-Jundiapeba, 24. S. Sebastião, 25. AP São Pedro, 26. QP Santa Luzia (MOGI, região Braz Cubas), 27. Santa Cruz (Ponte Grande, região César de Souza), 28. S. Rosa de Lima (Poá), 29. N. Sra. Remédios, 30. São José (Salesópolis), 31. Santa Isabel (Santa Isabel), 32. Bom Pastor, 33. Divino Espírito Santo, 34. S. Helena, 35. São Sebastião (Suzano).

ANEXO II – HISTÓRICO DA INSPIRAÇÃO CATECUMENAL
vídeo "Iniciação à Vida Cristã - Catequese estilo Catecumenal" (Paulus)

MOVIMENTO PÓS-CONCILIAR
      Diretório Catequético Geral (DCG, 1971)
      Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA, 1973)
      Catecismo da Igreja Católica (CIC 1997)
      Diretório Geral para a Catequese (DGC, 1997)
      Documento de Aparecida (DAp 2007)
      Youcat (2011)

NO BRASIL
      Catequese Renovada (1983): INTERAÇÃO FÉ E VIDA
      Diretório Nacional de Catequese (2006): UMA CATEQUESE LITÚRGICA, BÍBLICA, VIVENCIAL, MÍSTICA EVANGÉLICO-MISSIONÁRIA, MAIS PARTICIPATIVA E COMUNITÁRIA
      3ª Semana Brasileira de Catequese (2009): CATEQUESE, CAMINHO PARA O DISCIPULADO E MISSÃO
      Simpósio Nacional de Catequese: ITINERÁRIO (2014)

É UMA DAS 5 URGÊNCIAS da Ação Evangelizadora (DGAE 2011-2015 e 2015-2019)
1)    Igreja em estado de permanente missão
2)    Igreja, casa de Iniciação à Vida Cristã
3)    Igreja, lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
4)    Igreja, comunidade de comunidades
5)    Igreja a serviço da vida plena para todos.

PARTIR DE CRISTO
      Toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. (04)
      Conversão pastoral e pessoal (04)
      É contínuo o convite aos discípulos missionários e, a partir deles, a toda a humanidade para segui-lo, em meio a diferenças e desencontros. (07)
(Trechos das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil, DGAE 2011-2015)

ITINERÁRIO CATEQUÉTICO
1ª Etapa. Pré- catecumenato, 2ª Etapa. Catecumenato, 3ª Etapa. Purificação e Iluminação, 4ª Etapa. Mistagogia

PRÉ-CATECUMENATO
      Primeiro contato com os catequizandos  e as famílias.
      Inscrições, documentação.
      Primeiras visitas às famílias.
      Apresentar os catequizandos na Igreja.
      Apresentar a Bíblia.
      Ensinar as principais orações.

CATECUMENATO
      Começa junto com o Ano Litúrgico, com uma celebração chamada Admissão.
      É a etapa do aprofundamento da fé, da conversão, da participação na comunidade.
      À medida que vão sendo trabalhado os candidatos, os vários elementos do mistério da vida, da liturgia e da oração cristã. Por isso, é o período mais longo de todo processo de iniciação.

PURIFICAÇÃO E ILUMINAÇÃO
      Começa com o Rito da eleição ou Inscrição dos nomes dos catecúmenos no primeiro domingo da Quaresma.
      Culmina com a Celebração do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, na Vigília Pascal.
      É um período de aprofundamento espiritual em preparação ao Tríduo Pascal.

MISTAGOGIA
      Introdução ou condução ao mistério, antes era a apresentação do mistério.
      Inicia os catecúmenos a participarem na vida da comunidade
      Catequese específica = Início da catequese permanente
      Participação na eucaristia dominical.

      Último tempo de iniciação.

ANEXO III – CATEQUESE DA CRUZ
III.1. Texto “A loucura da cruz”, III.2. “Celebração para entrega da cruz” e III.3. (Extra:) "Bênção da cruz"
BÊNÇÃO DA CRUZ
(Dirigente:) Senhor, Pai santo, que fizestes da cruz do vosso Filho a fonte de todas as bênçãos e a origem de todas as graças, dignai-Vos abençoar estas cruzes e fazei que todos aqueles que as apresentam aos homens se esforcem por se ir transformando à imagem do vosso Filho. Que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. AMEM.
(Para a entrega:) Recebei a cruz, sinal do amor de Cristo, e da missão a que a Igreja vos destina. AMÉM.
(Do ritual de bênçãos, Bênção dos Missionários. Bênção dos que são enviados a anunciar o evangelho nr. 338 e 340b)
OBSERVAÇÃO: Fica bom incluir um abraço de acolhimento, após a entrega.

ANEXO III – Avaliação e sugestões. Resumo. Os representantes consideraram boa a reunião. 
SUGESTÕES:
1. Material de apoio sobre o conteúdo da reunião (por escrito)
2. Detalhamento das etapas do catecumenato
3. Inspiração catecumenal aplicada na prática da catequese. 

OBS: Revisado em 02/04/2017 (inclusão das fotos)



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