quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Assembleia Diocesana 2017

A ASSEMBLEIA DIOCESANA 2017 foi realizada no auditório da Faculdade Paulo VI, com representantes das paróquias e das pastorais. Aqui trazemos algumas anotações.

O primeiro tema tratado foi “Cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade”, com o Professor Gláucio Souza. Somos chamados para ser “sal na terra e luz do mundo” (cf Mateus 5,13-14), pois recebemos a “vocação ao laicato” (nr. 2), diante da “realidade eclesial, social e pastoral” (nr. 3) em que vivemos. Afinal, o campo de atuação do leigo é o mundo. E como é o mundo hoje? Há a globalização da indiferença. “É preciso dizer NÃO a essas estruturas” (Evangelii gaudium): irradie a presença do Senhor! Pois Ele está no meio de nós!!! Ainda assim, temos também recuos da época atual, como por exemplo: o excesso de clericalismo, o tradicionalismo e o amadorismo.
O Capítulo 2 aborda o “Sujeito eclesial”. Nos recorda que a vocação nos chama a levar um outro poço para a humanidade. Um poço em que jorra a vida! (O Reino de Deus é uma alternativa de vida para aqueles que não tem vida. E a Igreja é o povo de Deus.). Somos chamados a ser “ícone da Trindade” (cf. 172), sinal de Deus, sair em missão. Ou seja, o sujeito da evangelização é todo o povo de Deus (cf. 101). É a nossa diversidade que enriquece a vida, cada um realizando o seu ministério. Já não transparece o nosso rosto, mas o rosto de Cristo. Ser sujeito eclesial é ser maduro na fé, porque Fé é a resposta que eu dou para o projeto de Deus pra minha vida, o serviço cristão ao mundo (cf. 62, 91).
O Capítulo 3 aborda a Igreja, como chave de missão. Missão é estar a serviço do Reino, em diálogo com o mundo e com as coisas do mundo. E a atuação pastoral precisa refletir essa realidade: ser missionária e não apenas de conservação (cf. EG21). Nesse sentido, é fundamental cuidar da formação dos leigos e leigas. Afinal, ser cristão é algo que se constrói (cf. 225-230), um amadurecimento da consciência, um caminho longo, que requer itinerários diversificados (cf. DAp 281). Tudo isso faz com que a pastoral seja Mistagógica, articuladora, dialogada, especifica e atualizada, conhecendo a realidade conforme a Doutrina Social da Igreja. Indicativo: Ano do Laicato: presença cristã na realidade, a partir da dinâmica amorosa de Deus.

Após o café, Dom Pedro Luiz abordou o tema da “Iniciação à vida cristã”, assunto do novo documento da CNBB, fruto da última Assembleia da CNBB (Estudos da CNBB Documento 107). É um tema importante que envolve a evangelização como um todo, não apenas na catequese, mas em todas as pastorais e movimentos, não apenas dentro da Igreja, mas, sobretudo, no mundo. E é por isso que se tornou uma urgência da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, nos recordando que a Igreja é “casa da iniciação à vida cristã” (DGAE 2011-2015 e DGAE 2015-2019).

Pe. José Eduardo, da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética, expôs a importância da evangelizar as famílias, conhecê-las e assim compreender e orientar melhor o catequizando. Aliando a isso, a Entrega de Símbolos da Fé (como o Pai-nosso, a cruz, o Creio) e outros Ritos do Itinerário Catecumenal nas missas, a comunidade também é envolvida e evangelizada. Por isso é que nas mais de 50 atividades realizadas por esta Comissão e nas formações mensais, procuramos levar essas duas motivações, essas duas ideias, linhas da atuação da catequese: as famílias (missão) e a comunidade de fé (que se reúne na missa e nas ações da Igreja)

Referencias Bibliográficas:
CNBB,  Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil 2015-2019 - Documento 102. Edições CNBB: Brasilia, 2015.
_____,  Cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade - Documento 105. Edições CNBB: Brasilia, 2016
_____,  Iniciação à vida cristã. Estudos da CNBB - Documento 107. Edições CNBB: Brasilia, 2017

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