Reunião diocesana da catequese
08/04/2017. Padre José Eduardo começou a reunião com a oração do Espírito Santo
e passou aos assuntos da pauta: 1. CONTEXTO ATUAL: mudança de época e tempos
líquidos; 2. QUESTIONÁRIO sobre a catequese nas paróquias; 3. ORAÇÃO COM
DINÂMICA; 4. AVISOS. No CONTEXTO ATUAL, temos a “mudança de época”, na qual
somos desalojados do contexto, dos valores e das estruturas que até então nos
sustentaram. São “novos ares”, aos quais ainda temos muita resistência. São
“tempos líquidos”, como diz o filósofo Zygmund Bauman, em que tudo é fluido,
entre o sólido e o gasoso, sob pressão. É a “customização da fé”, onde tudo
seduz para fazer a minha vontade, para colocar deus a meu serviço. O desafio é
não se tornar volúvel. É ser o rosto visível de Deus, que nos ama, nos acolhe,
nos ampara e encoraja para enfrentar as dificuldades. Às vezes, sou um
alienígena para o catequizando, ele não entende o que eu falo... Precisamos
conhecê-lo e aos seus anseios... pois é em nós que o catequizando vai conhecer
Jesus Cristo e ser atraído para Ele. A seguir, o padre propôs que os
representantes paroquiais respondessem individualmente ao QUESTIONÁRIO, a fim
de conhecermos melhor a realidade e as dificuldades da catequese nas paróquias
da diocese. Na sequência, Rosildo fez a ORAÇÃO com o texto do profeta Isaías
50,4-7. Leu e releu cada versículo pausadamente, e nos levou à reflexão com os
personagens: Mariquinha (só quer falar, não quer ouvir, v. 5); Cabeção
(a Palavra entra por um ouvido e sai por outro, v. 4); Sapão (engulo sapo?
Entendo a fraqueza do outro?, v. 6); Espelho rachado (mostra a nossa
realidade ferida, fragmentada, desfigurada..., v. 7). A Cruz é formada por um
cordão, um fio, como a Fé que une a realidade de todos nós.
Para finalizar, Sonia deu os AVISOS. Próximas formações: N. Sra. Lourdes
– Poá, 06/5 às 8h; Bom Jesus –
Arujá, 10/6 às 15h; Santa Rita –
Suzano, 24/5 às 15h. Festa do Divino: 25/5 a 04/6,
Barraca do Choconhaque, em prol das pastorais diocesanas, aceitamos doações. Formação
sobre catequese junto à pessoa com deficiência, em São Paulo (regional Sul 1). Pe.
José Eduardo deu a bênção final e fizemos o lanche comunitário.
ANEXO I. PARÓQUIAS PRESENTES
ANEXO II. CONTEXTO ATUAL: MUDANÇA DE ÉPOCA E TEMPOS LÍQUIDOS
Vivemos uma época de transformações profundas.
Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época” (DAp 44)
Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época” (DAp 44)
· As mudanças
vão surgindo, tudo muda o tempo todo e não sabemos qual mudança vai ficar, vai
durar, o que vai ser estável amanhã ou não.
· Esta é a era
fluida, a era líquida, expressão cunhada pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman
(2004), para definir a era da pós-modernidade.
· Ele define com
eficiência a realidade que vivenciamos hoje, na qual o "descartável e
fluido" prevalece ocupando o lugar do duradouro e sólido.
· O mundo
escorre pelas mãos em segundos, temos a sensação de que tudo é um encanto
passageiro.
· E a marca
deste mundo líquido é o individualismo. (1)
· Customização
da fé
· Mercantilização
das relações e dos costumes
· Cultura do
descartável
· O grande
desafio dessa era pós-moderna e fluida é não se tornar volúvel nos pensamentos
e ações. Não temos que só produzir, consumir, obedecer, comprar, usar, ler e
jogar fora.
· Os mecanismos
do sistema de interação humana continuarão sendo complexos e de cooperação, de
engajamento mútuo entre as pessoas. Precisaremos das outras pessoas, da
interação face a face, dos vínculos afetivos duradouros, da interdependência
entre as comunidades e famílias.
· O que devemos
fazer com tantas informações? Conhecimento e poder sempre andaram de mãos
dadas, mas atualmente, a informação precisa ser filtrada, precisamos refletir
sobre ela, nunca perder o senso crítico, focar no substancial. Devemos nos
concentrar naquilo que é mais importante e emergente. (1)
· Em virtude do
enfraquecimento das instituições e tradições, cresce a responsabilidade
pessoal. Em outras épocas, instituições e tradições protegiam bem mais os
indivíduos.
· Nesta mudança
de época, instituições e tradições tendem a ser socioculturalmente julgadas com
base na ação dos indivíduos. Em tempos de perplexidade e incertezas, os discípulos
missionários necessitam de retidão ainda maior e fidelidade a Cristo ao
pensar, sentir e agir. Devem verificar se estão deixando de realmente defender,
promover e testemunhar a vida em todas as suas dimensões. (DGAE, nr. 9)
· Nesse contexto
sociocultural, o discípulo missionário não desanima nem se acomoda, mas reage
segundo o espírito das bem-aventuranças (Mt 5,1ss), colocando-se atento na
presença do Senhor (1Sm 3,9-10). Ele crê que o Espírito é a força de Deus
presente na vida das pessoas e da comunidade eclesial e confia que Ele o
conduz, orienta e ilumina. Não faltam sinais de esperança. (DGAE, nr. 10)
· Constata-se o
avanço do trabalho de leigos na Igreja e na sociedade, ministros
ordenados e membros da vida consagrada se dedicam com ardor à missão,
comunidades respondem aos novos desafios, setores de juventude se organizam,
crescem movimentos, associações, grupos, pastorais e serviços. (DGAE, nr. 10)
· Os desafios
existem para serem superados. […] Não deixemos que nos roubem a força
missionária”. Eles oferecem oportunidade para discernir as urgências da
ação evangelizadora. Este é um tempo para responder de modo missionário à
mudança de época, com o recomeçar a partir de Jesus Cristo, através
de “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, com “criatividade pastoral”.
“O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações
lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se
encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova”. (DGAE 2015-2016, nr.
11)
Textos consultados:
(1)
ELISANDRA VILELLA G. SÉ, “Tempos líquidos, relações fluidas; entenda”.
Postagem de 01/01/2016 em http://vyaestelar.uol.com.br/post/8423/tempos-liquidos-relacoes-fluidas-entenda
(2)
CNBB,
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
no Brasil 2015-2016 (DGAE 9-11)
(3)
CELAM, Documento de Aparecida (DAp), 2005.
ANEXO III. QUESTÕES SOBRE A
CATEQUESE NA PARÓQUIA
1) Qual
o material que sua paróquia utiliza na catequese?
2) Qual
o tempo de formação (de catequese) na paróquia, nas várias etapas da catequese?
3) Como
é a formação de catequistas em sua paróquia?
4) Como
é feito o acolhimento das crianças e jovens vindos de famílias separadas,
divorciados, casados só no civil ou morando juntos?
5) Como
o padre acompanha a catequese na sua paróquia?
ANEXO V. MATERIAL DA DINÂMICA
(Rosildo)
Um dia uma criança me parou,* Olhou-me nos meus olhos a sorrir.* Caneta
e papel na sua mão,* Tarefa escolar a cumprir.* E perguntou no meio de um
sorriso* O que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou,* Sonhar como Jesus sonhou,* Pensar como Jesus
pensou,* Viver com Jesus viveu.* Sentir o que Jesus sentia,* Sorrir como Jesus
sorria* E ao chegar o fim do dia* Eu sei que eu dormiria muito mais feliz.
Ouvindo o
que eu falei ela me olhou * E disse que era lindo o que eu falei. * Pediu que
repetisse, por favor, * Que não falasse tudo de uma vez. * E perguntou no meio de
um sorriso * o que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou...
Depois que
eu terminei de repetir, * Seus olhos não saiam do papel. * Toquei no seu rostinho
e a sorrir *
Pedi que ao transmitir fosse fiel. * E ela deu-me um beijo demorado * E ao meu lado foi dizendo assim:
Pedi que ao transmitir fosse fiel. * E ela deu-me um beijo demorado * E ao meu lado foi dizendo assim:
Amar como Jesus amou...
______________________________________________________________________
Tenho esperado este momento * Tenho
esperado que viesses à mim * Tenho esperado que me fales * Tenho esperado que
estivesses assim * Eu sei bem que tens vivido * Sei também que tem chorado * Eu
sei bem que tens sofrido * Pois permaneço ao teu lado.
NINGUÉM TE AMA COMO EU (2X) OLHE PRA
CRUZ, * ESTA É A MINHA GRANDE PROVA * NINGUÉM TE AMA COMO EU!
Eu sei bem o que me dizes * Ainda que
nunca me fales * Eu sei bem o que tem sentido * Ainda que nunca me reveles *
Tenho andado ao teu lado * Junto à ti permanecido * Eu te levo em meus braços *
Pois sou teu melhor amigo.