terça-feira, 11 de abril de 2017

Reunião diocesana de Abril

Reunião diocesana da catequese 08/04/2017. Padre José Eduardo começou a reunião com a oração do Espírito Santo e passou aos assuntos da pauta: 1. CONTEXTO ATUAL: mudança de época e tempos líquidos; 2. QUESTIONÁRIO sobre a catequese nas paróquias; 3. ORAÇÃO COM DINÂMICA; 4. AVISOS. No CONTEXTO ATUAL, temos a “mudança de época”, na qual somos desalojados do contexto, dos valores e das estruturas que até então nos sustentaram. São “novos ares”, aos quais ainda temos muita resistência. São “tempos líquidos”, como diz o filósofo Zygmund Bauman, em que tudo é fluido, entre o sólido e o gasoso, sob pressão. É a “customização da fé”, onde tudo seduz para fazer a minha vontade, para colocar deus a meu serviço. O desafio é não se tornar volúvel. É ser o rosto visível de Deus, que nos ama, nos acolhe, nos ampara e encoraja para enfrentar as dificuldades. Às vezes, sou um alienígena para o catequizando, ele não entende o que eu falo... Precisamos conhecê-lo e aos seus anseios... pois é em nós que o catequizando vai conhecer Jesus Cristo e ser atraído para Ele. A seguir, o padre propôs que os representantes paroquiais respondessem individualmente ao QUESTIONÁRIO, a fim de conhecermos melhor a realidade e as dificuldades da catequese nas paróquias da diocese. Na sequência, Rosildo fez a ORAÇÃO com o texto do profeta Isaías 50,4-7. Leu e releu cada versículo pausadamente, e nos levou à reflexão com os personagens: Mariquinha (só quer falar, não quer ouvir, v. 5); Cabeção (a Palavra entra por um ouvido e sai por outro, v. 4); Sapão (engulo sapo? Entendo a fraqueza do outro?, v. 6); Espelho rachado (mostra a nossa realidade ferida, fragmentada, desfigurada..., v. 7). A Cruz é formada por um cordão, um fio, como a que une a realidade de todos nós. Para finalizar, Sonia deu os AVISOS. Próximas formações: N. Sra. Lourdes – Poá, 06/5 às 8h; Bom Jesus – Arujá, 10/6 às 15h; Santa Rita – Suzano, 24/5 às 15h. Festa do Divino: 25/5 a 04/6, Barraca do Choconhaque, em prol das pastorais diocesanas, aceitamos doações. Formação sobre catequese junto à pessoa com deficiência, em São Paulo (regional Sul 1). Pe. José Eduardo deu a bênção final e fizemos o lanche comunitário.
ANEXO I. PARÓQUIAS PRESENTES

ANEXO II. CONTEXTO ATUAL: MUDANÇA DE ÉPOCA E TEMPOS LÍQUIDOS
Vivemos uma época de transformações profundas.
Não se trata de “época de mudanças”, mas de uma “mudança de época”
(DAp 44)
·       As mudanças vão surgindo, tudo muda o tempo todo e não sabemos qual mudança vai ficar, vai durar, o que vai ser estável amanhã ou não.
·       Esta é a era fluida, a era líquida, expressão cunhada pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2004), para definir a era da pós-modernidade.
·       Ele define com eficiência a realidade que vivenciamos hoje, na qual o "descartável e fluido" prevalece ocupando o lugar do duradouro e sólido.
·       O mundo escorre pelas mãos em segundos, temos a sensação de que tudo é um encanto passageiro.
·       E a marca deste mundo líquido é o individualismo. (1)
·       Customização da fé
·       Mercantilização das relações e dos costumes
·       Cultura do descartável
·       O grande desafio dessa era pós-moderna e fluida é não se tornar volúvel nos pensamentos e ações. Não temos que só produzir, consumir, obedecer, comprar, usar, ler e jogar fora.
·       Os mecanismos do sistema de interação humana continuarão sendo complexos e de cooperação, de engajamento mútuo entre as pessoas. Precisaremos das outras pessoas, da interação face a face, dos vínculos afetivos duradouros, da interdependência entre as comunidades e famílias.
·       O que devemos fazer com tantas informações? Conhecimento e poder sempre andaram de mãos dadas, mas atualmente, a informação precisa ser filtrada, precisamos refletir sobre ela, nunca perder o senso crítico, focar no substancial. Devemos nos concentrar naquilo que é mais importante e emergente. (1)

·       Em virtude do enfraquecimento das instituições e tradições, cresce a responsabilidade pessoal. Em outras épocas, instituições e tradições protegiam bem mais os indivíduos.
·       Nesta mudança de época, instituições e tradições tendem a ser socioculturalmente julgadas com base na ação dos indivíduos. Em tempos de perplexidade e incertezas, os discípulos missionários necessitam de retidão ainda maior e fidelidade a Cristo ao pensar, sentir e agir. Devem verificar se estão deixando de realmente defender, promover e testemunhar a vida em todas as suas dimensões. (DGAE, nr. 9)
·       Nesse contexto sociocultural, o discípulo missionário não desanima nem se acomoda, mas reage segundo o espírito das bem-aventuranças (Mt 5,1ss), colocando-se atento na presença do Senhor (1Sm 3,9-10). Ele crê que o Espírito é a força de Deus presente na vida das pessoas e da comunidade eclesial e confia que Ele o conduz, orienta e ilumina. Não faltam sinais de esperança. (DGAE, nr. 10)
·       Constata-se o avanço do trabalho de leigos na Igreja e na sociedade, ministros ordenados e membros da vida consagrada se dedicam com ardor à missão, comunidades respondem aos novos desafios, setores de juventude se organizam, crescem movimentos, associações, grupos, pastorais e serviços. (DGAE, nr. 10)
·       Os desafios existem para serem superados. […] Não deixemos que nos roubem a força missionária”. Eles oferecem oportunidade para discernir as urgências da ação evangelizadora. Este é um tempo para responder de modo missionário à mudança de época, com o recomeçar a partir de Jesus Cristo, através de “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, com “criatividade pastoral”. “O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reações lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova”. (DGAE 2015-2016, nr. 11)
Textos consultados:
(1)    ELISANDRA VILELLA G. SÉ, “Tempos líquidos, relações fluidas; entenda”. Postagem de 01/01/2016 em http://vyaestelar.uol.com.br/post/8423/tempos-liquidos-relacoes-fluidas-entenda
(2)    CNBB, Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil 2015-2016 (DGAE 9-11)
(3)    CELAM, Documento de Aparecida (DAp), 2005.
ANEXO III. QUESTÕES SOBRE A CATEQUESE NA PARÓQUIA
1)      Qual o material que sua paróquia utiliza na catequese?
2)      Qual o tempo de formação (de catequese) na paróquia, nas várias etapas da catequese?
3)      Como é a formação de catequistas em sua paróquia?
4)      Como é feito o acolhimento das crianças e jovens vindos de famílias separadas, divorciados, casados só no civil ou morando juntos?
5)      Como o padre acompanha a catequese na sua paróquia?

ANEXO V. MATERIAL DA DINÂMICA (Rosildo)
Um dia uma criança me parou,* Olhou-me nos meus olhos a sorrir.* Caneta e papel na sua mão,* Tarefa escolar a cumprir.* E perguntou no meio de um sorriso* O que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou,* Sonhar como Jesus sonhou,* Pensar como Jesus pensou,* Viver com Jesus viveu.* Sentir o que Jesus sentia,* Sorrir como Jesus sorria* E ao chegar o fim do dia* Eu sei que eu dormiria muito mais feliz.
Ouvindo o que eu falei ela me olhou * E disse que era lindo o que eu falei. * Pediu que repetisse, por favor, * Que não falasse tudo de uma vez. * E perguntou no meio de um sorriso * o que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou...
Depois que eu terminei de repetir, * Seus olhos não saiam do papel. * Toquei no seu rostinho e a sorrir *
Pedi que ao transmitir fosse fiel. * E ela deu-me um beijo demorado * E ao meu lado foi dizendo assim:
Amar como Jesus amou...
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Tenho esperado este momento * Tenho esperado que viesses à mim * Tenho esperado que me fales * Tenho esperado que estivesses assim * Eu sei bem que tens vivido * Sei também que tem chorado * Eu sei bem que tens sofrido * Pois permaneço ao teu lado.
NINGUÉM TE AMA COMO EU (2X) OLHE PRA CRUZ, * ESTA É A MINHA GRANDE PROVA * NINGUÉM TE AMA COMO EU!
Eu sei bem o que me dizes * Ainda que nunca me fales * Eu sei bem o que tem sentido * Ainda que nunca me reveles * Tenho andado ao teu lado * Junto à ti permanecido * Eu te levo em meus braços * Pois sou teu melhor amigo.