Liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum - Ano A
1a LEITURA: Ezequiel 33,7-9
SALMO 94 (95),1-2. 6-9. "Não fecheis o coração! Ouvi hoje a voz de Deus!"
[Clique aqui para ouvir] Salmo proclamado pela catequista Cintia Bruno de Lollo, da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Arujá.
2a LEITURA: Romanos 13,8-10
EVANGELHO: Mateus 18,8-10 [Clique aqui para ouvir]
REFLEXÃO sobre o Evangelho: [Clique aqui para ouvir]
O evangelho deste domingo nos convida a refletir sobre a
importância da correção fraterna na vida em comunidade, recordando que somos
todos responsáveis uns pelos outros e onde a principal motivação para tudo isso
é o amor e a plenitude da Lei, que é elemento essencial para uma vida cristã, o
qual deve ser vivido reciprocamente.
Em uma vida em comunidade sendo ela principalmente cristã, as
pessoas são todas irmãs umas às outras, o que implica a responsabilidade os
cuidados recíprocos desta vida é o amor. Por isso, Jesus aqui nos ensina que
quando há ofensas e conflitos pessoais, a primeira iniciativa deve ser o
diálogo franco e sincero tendo em vista a reconciliação sempre.
Essa é uma proposta, é uma alternativa às reações extremas
mais comuns e às indiferenças e às vinganças que muitas vezes existem; práticas
que são inaceitáveis numa comunidade fraterna, ou seja, uma comunidade de
irmãos. Com isso, a correção em particular se torna um gesto de amor, que deve
ser feita com discrição, sem exposição, sem acusação pública.
Caso essa iniciativa não tenha efeito, aqui Jesus nos propõe
um segundo passo, que consiste na recepção da correção diante um número mínimo
de testemunhas. Se também esta não funcionar, Jesus propõe uma terceira
condição, desta vez levando a questão para igreja. A igreja aqui não significa
uma instituição hierárquica ou jurídica de construção, mas sim a comunidade que
se reúne em torno de um único eterno.
E para viver essa fraternidade, se mesmo
essa última medida não for eficaz, isso significa que o nosso irmão não está
disposto a viver na fraternidade proposta pela comunidade, ou seja, por toda
essa condição que ele se encontra.
Diante disso, ele deve ser tratado pela comunidade como um pagão,
como um publicano. O que não significa excluirmos, mas sim veremos como uma pessoa
que seja e tenha uma necessidade de conversão. E ser destinados a conhecer e
ser de convidados a viver uma boa nova junto a uma vida.
Aqui, vamos ver que quando o irmão fere essa unidade na
comunidade, se resistir a todas essas tentativas de reconciliação, ele deve ser
afastado dessa condição que coloca. Mas viver e ser mantidas as portas abertas
para o caminho de reconciliação dele e de conversão, com a vida junto amor de
Deus.
A vivência coerente deste amor é o esforço pela reconciliação
dos irmãos que fazem parte dessa comunidade (envolvendo todos) e isso que garante
a eficácia da oração e da vida em comunidade que nos leva a real presença de
Jesus.
É inegável que a fé em Deus exige responsabilidade com os
outros e com os que comportam a vigilância e a solidariedade e também a
correção. E é isso que une o evangelho de hoje ao amor mútuo, como deve ser vivido
por todos os cristãos. De fato sem o amor, sem o exercício da correção
fraterna, poderia ser usado o contexto de atitude autoritária ou abusiva, algo
que é inadimissível dentro de uma comunidade.
Por isso, o evangelho nos indica e nos leva sempre um caminho
de correção, mas de correção fraterna que nos leve e nos indique (nos aponte)
ao amor de Jesus, um projeto real da Vida em Cristo! E nos mostre essa
reconciliação e esse caminho eterno de conversão. Que estejamos sempre todos
nós disponíveis a viver este caminho proposto por Deus, sem ser autoritários ou
com propostas irrevogáveis, mas sim como irmãos fraternos que querem mostrar o
amor em Cristo.
Evangelho lido e comentado por Maria Roseneire Santos da Silva.