sábado, 5 de setembro de 2020

23º Domingo do Tempo Comum - Ano A

 Liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum - Ano A

1a LEITURA: Ezequiel 33,7-9

SALMO 94 (95),1-2. 6-9. "Não fecheis o coração! Ouvi hoje a voz de Deus!"

[Clique aqui para ouvir] Salmo proclamado pela catequista Cintia Bruno de Lollo, da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Arujá.

2a LEITURA: Romanos 13,8-10

EVANGELHO: Mateus 18,8-10 [Clique aqui para ouvir] 

REFLEXÃO sobre o Evangelho: [Clique aqui para ouvir] 

O evangelho deste domingo nos convida a refletir sobre a importância da correção fraterna na vida em comunidade, recordando que somos todos responsáveis uns pelos outros e onde a principal motivação para tudo isso é o amor e a plenitude da Lei, que é elemento essencial para uma vida cristã, o qual deve ser vivido reciprocamente.

Em uma vida em comunidade sendo ela principalmente cristã, as pessoas são todas irmãs umas às outras, o que implica a responsabilidade os cuidados recíprocos desta vida é o amor. Por isso, Jesus aqui nos ensina que quando há ofensas e conflitos pessoais, a primeira iniciativa deve ser o diálogo franco e sincero tendo em vista a reconciliação sempre.

Essa é uma proposta, é uma alternativa às reações extremas mais comuns e às indiferenças e às vinganças que muitas vezes existem; práticas que são inaceitáveis numa comunidade fraterna, ou seja, uma comunidade de irmãos. Com isso, a correção em particular se torna um gesto de amor, que deve ser feita com discrição, sem exposição, sem acusação pública.

Caso essa iniciativa não tenha efeito, aqui Jesus nos propõe um segundo passo, que consiste na recepção da correção diante um número mínimo de testemunhas. Se também esta não funcionar, Jesus propõe uma terceira condição, desta vez levando a questão para igreja. A igreja aqui não significa uma instituição hierárquica ou jurídica de construção, mas sim a comunidade que se reúne em torno de um único eterno. 

E para viver essa fraternidade, se mesmo essa última medida não for eficaz, isso significa que o nosso irmão não está disposto a viver na fraternidade proposta pela comunidade, ou seja, por toda essa condição que ele se encontra.

Diante disso, ele deve ser tratado pela comunidade como um pagão, como um publicano. O que não significa excluirmos, mas sim veremos como uma pessoa que seja e tenha uma necessidade de conversão. E ser destinados a conhecer e ser de convidados a viver uma boa nova junto a uma vida.

Aqui, vamos ver que quando o irmão fere essa unidade na comunidade, se resistir a todas essas tentativas de reconciliação, ele deve ser afastado dessa condição que coloca. Mas viver e ser mantidas as portas abertas para o caminho de reconciliação dele e de conversão, com a vida junto amor de Deus.

A vivência coerente deste amor é o esforço pela reconciliação dos irmãos que fazem parte dessa comunidade (envolvendo todos) e isso que garante a eficácia da oração e da vida em comunidade que nos leva a real presença de Jesus.

É inegável que a fé em Deus exige responsabilidade com os outros e com os que comportam a vigilância e a solidariedade e também a correção. E é isso que une o evangelho de hoje ao amor mútuo, como deve ser vivido por todos os cristãos. De fato sem o amor, sem o exercício da correção fraterna, poderia ser usado o contexto de atitude autoritária ou abusiva, algo que é inadimissível dentro de uma comunidade.

Por isso, o evangelho nos indica e nos leva sempre um caminho de correção, mas de correção fraterna que nos leve e nos indique (nos aponte) ao amor de Jesus, um projeto real da Vida em Cristo! E nos mostre essa reconciliação e esse caminho eterno de conversão. Que estejamos sempre todos nós disponíveis a viver este caminho proposto por Deus, sem ser autoritários ou com propostas irrevogáveis, mas sim como irmãos fraternos que querem mostrar o amor em Cristo.

Evangelho lido e comentado por Maria Roseneire Santos da Silva.

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