(aula do dia 28/05/2014*, ministrada pelo diácono Arthur)
5.1.
LITURGIA DA PALAVRA
SC 24 (Sacrossanctum Concilium).
É enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da Liturgia.
Porque é a ela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os
salmos para cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces,
as orações e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de significação
as ações e os sinais. Para promover a reforma, o progresso e adaptação da
sagrada Liturgia, é necessário, por conseguinte, desenvolver aquele amor
suave e vivo da Sagrada Escritura de que dá testemunho a venerável tradição
dos ritos tanto orientais como ocidentais.
__. 51. Prepare-se para os
fiéis, com maior abundância, a mesa da Palavra de Deus: abram-se
mais largamente os tesouros da Bíblia, de modo que, dentro de um período de
tempo estabelecido, sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada
Escritura.
DV 21
(Dei Verbum). A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o
próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada
Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da
palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo.
VD 53
(Verbum Domini). De fato, na relação entre Palavra e gesto sacramental,
mostra-se de forma litúrgica o agir próprio de Deus na história, por meio do carácter
performativo da Palavra. Com efeito, na história da salvação, não
há separação entre o que Deus diz e faz; a sua
própria Palavra apresenta-se como viva e eficaz (cf. Hb 4,
12), como aliás indica o significado do termo hebraico dabar.
Do mesmo modo, na ação litúrgica, vemo-nos colocados diante da sua Palavra
que realiza aquilo que diz.
São
Jerônimo (VD 55): «Lemos as Sagradas Escrituras. Eu penso que o
Evangelho é o Corpo de Cristo; penso que as santas Escrituras são o seu
ensinamento. E quando Ele fala em “comer a minha carne e beber o
meu sangue” (Jo 6, 53), embora estas palavras se possam
entender do Mistério [eucarístico], todavia também a palavra da Escritura, o
ensinamento de Deus, é verdadeiramente o corpo de Cristo e o seu sangue.
Quando vamos receber o Mistério [eucarístico], se cair uma migalha sentimo-nos
perdidos. E, quando estamos a escutar a Palavra de Deus e nos é derramada nos
ouvidos a Palavra de Deus que é carne de Cristo e seu sangue, se nos
distrairmos com outra coisa, não incorremos em grande perigo?».
CICLO
TRIENAL (PARA DOMINGOS DO TEMPO COMUM):
Ano A – Mateus (2014, 2017,
2020, 2023...)
Ano B – Marcos (2015, 2018,
2021, 2024...)
Ano C – Lucas (2016, 2019,
2022, 2025...)
CICLO
BIENAL (FÉRIAS DO TEMPO COMUM):
Ano Par (2010, 2012,
2014, 2016, 2018...)
Ano ímpar (2011, 2013,
2015, 2017, 2019...)
5.2 O
CICLO TRIENAL NA CATEQUESE
ANO
A – MATEUS (2014, 2017, 2020, 2023...). “IGREJA”. Exemplo: 3º Domingo (Mt
4,12-23):
=
Pregação aos pagãos e proximidade do Reino de Deus :
-
Jesus anuncia o Evangelho em primeiro lugar àqueles que estão distantes e quer
fazer deles um Novo Povo;
-
Igreja Instituída por Jesus Cat. 763ss
=
Cristo convoca os primeiros discípulos:
-
Denominações e imagens da Igreja Cat. 751
ANO B
(MARCOS). “CRISTO”. Exemplo: 11º Domingo (Mc 4,26-34)
·
Anúncio do Reino de Deus (Cat.543ss)
·
Crescimento do Reino é dom de Deus
(Parábola da Semente)
·
Presença do Reino deve causar grandes
mudanças no nosso modo de ver as coisas conforme o desígnio do Pai e não
conforme os nossos (parábola da mostarda).
ANO C
(LUCAS). “DISCIPULADO”. Exemplo: 23º Domingo (Lc 14, 25-33)
Preferir pai, mãe e família ou
Cristo
- Cristo,
centro de toda a vida.
- Virgindade
e celibato pelo Reino (Cat.1618ss)
Pobreza em espírito
- Décimo
Mandamento (não cobiçar as coisas alheias)
- A
pobreza de coração (Cat. 2544ss)
DNC 105 (Diretório Nacional de
Catequese). Ao apresentar a mensagem evangélica, a catequese observa os
seguintes critérios:
a)
centralidade da pessoa de Jesus Cristo, que introduz na dimensão
trinitária e antropológica da mensagem;
b)
valorização da dignidade humana (mistério da encarnação);
c) anúncio da Boa-Nova do Reino
de Deus em vista da Salvação, o que implica uma mensagem de conversão
e libertação;
d)
caráter eclesial da mensagem, que remete a seu caráter histórico;
e) exigência de inculturação,
uma vez que a mensagem evangélica é destinada a todos os povos; isso supõe que
a mensagem seja apresentada, gradualmente, em sua integridade e pureza;
f)
a mensagem cristã é orgânica; tem uma hierarquia de verdades. A
visão harmoniosa do Evangelho tem um significado profundo para o ser humano.
5.3 MODELO CATECUMENAL
DAp 289 (Documento de Aparecida
ref. V CELAM). Sentimos a urgência de
desenvolver em nossas comunidades um processo de iniciação na vida cristã
que comece pelo querigma e que, guiado pela Palavra de
Deus, conduza a um encontro pessoal, cada vez maior, com Jesus
Cristo, perfeito Deus e perfeito homem, experimentado como plenitude da
humanidade e que leve à conversão.
Anexo I. ORAÇÃO DAS VÉSPERAS
Anexo II. ATIVIDADE PRÁTICA EM GRUPOS
A partir de um texto bíblico: Qual é o enfoque que pode ser dado para diferentes faixas etárias:
- de 5 a 7 anos?
- de 7 a 9 anos?
- de 13 a 15 anos?
(Vou pedir para o Arthur a relação dos textos bíblicos que ele usou.)
Anexo III. MINHAS ANOTAÇÕES DA AULA
O modelo catecumenal propõe utilizarmos na catequese as leituras dominicais (especialmente o evangelho) como tema a ser aprofundado, respeitando as características de cada idade. Sem deixar de lado temas essenciais de nossa fé: sacramentos, mandamentos, orações, etc. Muito pelo contrário, usando-o como base para tratar desses temas.
* Data corrigida em 22/06/2014