segunda-feira, 5 de maio de 2014

BÍBLIA. Aula 3 - SIGNIFICADO DA PÁSCOA

(Anotações referentes à aula de 30/04/2014, ministrada pelo diácono Ubirajara, de Poá)
A cada ano, quando chega a primavera no hemisfério norte, cristãos e judeus celebram a festa da Páscoa. Ambas as celebrações coincidem no sentido libertador, do fato que comemoram e na vigência atual. No entanto, se diferenciam em outros aspectos. Primeiro, no próprio fato: saída do Egito, para os judeus; paixão, morte e ressurreição de Jesus, para os cristãos. Também em realção a seus protagonistas: Moisés e o núcleo do clã dos hebreus, que formam mais tarde o povo de Israel; Jesus e a totalidade dos homens chamados a formar a nova humanidade. 

ORIGEM DA PÁSCOA
O texto (Êxodo 12) tem toda a aparência de um relato histórico do acontecimento que teve lugar provavelmente na primeira metade do século XIII a.C., no tempo de Ramsés II (1290-1224 a.C.). Trata-se, na verdade, do ritual de sua celebração anual dos israelitas no “mês de abib”, “o primeiro dos meses do ano”.

A Páscoa dos nômades: com a chegada da primavera, as cabras e ovelhas, o gado menor dos pastores nômades, pariam e estes se dispunham a partir em busca de novas pastagens. Antes de se separarem, os nômades reuniam-se à noite de “plenilúnio” (ou seja, à lua cheia) e imolavam um cordeiro, a fim de assegurar a fecundidade do gado. O sangue do animal era untado nos paus das tendas para afastar os perigos que existiam na caminhada. Tais perigos personificavam-se nos demônios que, em sua imaginação, povoavam o deserto. As vezes, concretizava-se em um demônio determinado, o Destruidor. A própria descrição que o livro do Êxodo faz da Páscoa indica sua origem e sua condição na festa dos pastores.

A Festa dos pães ázimos: Nos povos sedentários, com a chegada da primavera e o início da colheita da cevada, tinha lugar também, um rito religioso: a oferenda da primícia da colheita, cujo fim era interpretar a abundância dos rebanhos e a fecundidade dos campos. Durante os setes dias seguintes, comia-se apenas pães sem fermento (isto é,  ázimos), feito com os grãos moídos das espigas recém-colhidas. A razão de se comer unicamente este pão ázimo pde estar relacionada com as antigas tradições que falavam de influências maléficas, evitando por isso utilizar o fermente que restou da colheita anterior para fazer fermentar o fruto da nova colheita.
Assim, no relato de Ex 12, essas festas da primavera agora se tornam um memorial da libertação do Egito, apoiada por Deus, através de seu servo Moisés.
Páscoa significa “passagem” do povo judeu, da escravidão para a libertação. Para nós, cristãos, Cristo é a nossa Páscoa, nossa “passagem” da morte para a vida.

OBSERVAÇÃO: No hemisfério norte, a primavera tem início no dia 23 de Março, assim, para os judeus, a páscoa é celebrada no primeiro sábado da lua cheia, a partir deste dia. Para nós, cristãos, é celebrada no primeiro domingo da “lua cheia”, a partir desta data, seguindo a antiga tradição.

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