Não adianta Jesus tentar se afastar do povo, pois este corre a ele, aonde quer que ele vá. Podem ser várias as razões pelas quais as multidões o procuram. Para o mestre, não importa o motivo. Diante da multidão, Jesus enche-se de compaixão, sofre a mesma dor que esse povo. Se houvesse mais compaixão por parte de todos, muitos males e sofrimentos seriam resolvidos, incluindo os da fome. Lá existia não por falta de alimento, mas por falta de partilha e de compaixão.
Jesus convidou a multidão a cear com seu grupo, repartir os pães e peixes que levavam consigo. Trata-se de um gesto muito comum para os orientais. Os ocidentais partilham a mesa com a família, amigos, parentes e convidados.O novo mundo anunciado por Jesus e pelos profetas e iniciados pelo próprio Cristo, vai se realizar quando trilhamos o próprio caminho, o caminho da justiça e da denúncia, o caminho da fraternidade e da solidariedade. Só assim, superaremos a tendência da fome e de nos fecharmos em nós mesmos.
Neste evangelho, Jesus vem mostrar que o segredo é a partilha. O segredo é repartir o pouco que temos com quem tem menos ainda. Nós sabemos que Jesus não fez o "milagre da multiplicação" e sim ele ensinou que quando partilhamos o que temos, por pouco que seja, com Deus é muito!
Nós sabemos que não temos o poder de toda a ciência, não conhecemos toda a Palavra, mas quando patilhamos em nossas catequeses o evangelho, sabemos que ele se multiplica porque ao partilharmos e abrirmos nossa boca, o nosso coração, de partilhar o pouco que sabemos, a multiplicação da Palavra do Senhor vai além dos nossos horizontes, além do que o nosso vão pensamento pode calcular.
É isso que Jesus quer: que não nos fechemos em si! Deixemos aberta a possibilidade de partilhar sempre. Pois o pouco, com Deus sempre vai ser muito.
Senhor Jesus, que ao invés de despedir as multidões famintas, doentes, tristes... Tu acolhe a cada um, distribuindo alimento para o corpo e para a alma. Falando que o que é de Deus vem de graça, não precisa ser comercializado nem comprado: é distribuído. Foi assim, que recolhemos os alimentos que trazidos saciam a fome de todos. E ainda sempre sobra das migalhas para alimentar muito mais gente. Ensina-nos, Senhor, a sermos discípulos da partilha, servos do amor e generosamente repartirmos até os bens que possuímos e aquilo que às vezes nem temos. Amém.
Que neste santo Domingo, nós possamos aprender esse segredo de Jesus, de deixarmos partilhar, pois esse evangelho se faz vivo na minha e na sua vida. É partilhando e caminhando que nós construiremos uma comunidade mais justa e solidariedade. É isso que importa: nós termos compaixão para quem amamos.
SOBRE O DIA DO PADRE [Clique aqui para ouvir]
E neste primeiro de agosto comemoramos o dia do padre, o dia do sacerdote, mês vocacional. Que nós possamos dedicar neste domingo uma oração.... uma oração a cada padre que, mesmo além da pandemia não deixou de celebrar a eucaristia - por mim e por você. Muitos não tiveram condições de chegar às igrejas, pois estávamos fechados e celebrando pela internet, Mas tenha a certeza, que graças a Deus, muitos padres continuaram celebrando sozinhos a eucaristia por cada um de nós. Que possamos rezar pela santificação de nossos sacerdotes para que eles sejam homens santos que sempre tenham a caridade em primeiro lugar.E que tenham um olhar compassivo para o nosso povo e o seu rebanho. O mesmo olhar de Jesus neste Santo Evangelho.
Leitura e reflexões feitas pelo Paulo Aparecido Rosa, da equipe diocesana de catequese.
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