1.1 “DEIXA-NOS FAZER UMA FESTA PARA O NOSSO DEUS NO DESERTO”, Êxodo como culto e libertação
- Ex 2,23-25: Os hebreus gemiam e gritavam sob o peso da servidão, incapacidade de dirigir a Deus palavra inteligível;
- Ex 4,17-20: Sair para sacrificar a Deus no deserto, experiência da liberdade a partir do culto;
- Ex 8,21-23; 10, 8-11; 10, 24-26: Culto querido por Deus não está sujeito aos interesses dos poderosos.
- Pai, fonte e fim da Liturgia
- A obra de Cristo na Liturgia
- O Espírito Santo e a Igreja na Liturgia
ABENÇOAR
- Fonte e fim de todas as bênçãos
- Criação e salvação
- Palavra (dizer bem) e Dom (ação histórica)
- Katabática (descida)
- Anabática (ascensão): Culto, Liturgia, Ação de graças
CRISTO AGE ATUALMENTE PELOS SACRAMENTOS
- Instituídos por Ele
- Sinais eficazes: significam e realizam
- Sacramentum e Mysterion
Vida de Cristo e sua Páscoa são eventos que fazem parte da eternidade divina.
Páscoa sempre presente e abraça todos os tempos
SUCESSÃO APOSTÓLICA
- Mandato de Cristo
- Levar a efeito o que anunciam: pelos sacramentos e pelo sacrifício
- Comunicação do ES: poder de santificação (Jo 20,21-23)
PREPARA A IGREJA PARA ENCONTRAR CRISTO
RECORDA E MANIFESTA CRISTO À FÉ DA ASSEMBLEIA
- ES, memória viva da Igreja (Palavra de Deus, relação viva com Cristo)
- Memória que suscita louvor e ação de graças.
- O Espírito Santo atualiza o mistério pascal de Cristo em cada celebração;
- Torna presente (epiclese)
- Comunhão com Cristo para formar seu corpo
- Finalidade: Comunhão com a Santíssima Trindade e com os irmãos.
1.3 LITURGIA, EXERCÍCIO DO SACERDÓCIO DE CRISTO (SC 7)
- Liturgia é considerada exercício função sacerdotal de Cristo (SC 7), analisemos a partir dos seguintes elementos:
- Mediação
- Mistério Pascal
- Presença
- CENTRO DA CRISTOLOGIA
- Verdadeiro Deus Verdadeiro homem (Calcedônia – a.D.451)
- torna possível a oração cristã,
- religião humana alcança valor salvífico e finalidade;
PÁSCOA
- História de Salvação
- Evento ritualizado (AT)
- Cristo, irrupção do Reino de Deus no ritual
- Continuidade e descontinuidade das Alianças
- Mistério como manifestação da vontade salvadora de Deus (Mc 4,11; Col 2,2...)
- Integralidade
- Decadência da morte e esperança da ressurreição garantida pela vitória de Cristo.
SINAIS SENSÍVEIS
- Como são tratados Evangeliário e Espécies Eucarísticas
- Isto é o meu corpo....Isto é o meu sangue...
- Formas de presença
- Mediada (ES, Sacramentos, pessoas, símbolos...)
- Eficaz (Pelo ES Cristo está presente hoje!)
- Re-presentação (presentificação da obra de Cristo)
- Contemporaneidade nos atos salvíficos de Deus
- Presença real
BIBLIOGRAFIA
CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II. Constituição apostólica Sacrossanctum Concilium. São Paulo: Paulus, 2001.
Catecismo da Igreja Católica. Trad. São Paulo: Loyola, 2000.
Bíblia de Jerusalém
MARTIMORT. A Igreja em Oração: Introdução à Liturgia. Barcelos: Minho, 1965.
GERHARDS; KRANEMANN. Introdução à Liturgia. São Paulo: Loyola, 2013.
RATZINGER. Introdução ao Espírito da Liturgia. 5.ed. Prior Velho (POR): Paulinas, 2012.
ROLAND MEYNET. Chiamati alla libertà. Bologna: EDB, 2008.
http://www.liturgiadashoras.org/quaresma/quaresma3.html
ANEXO 2: Documentos da Igreja
SACROSSANCTUM CONCILIUM (Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia)
5. Deus (...) quando chegou a plenitude dos tempos, enviou o Seu Filho, (...)[cuja] humanidade foi, na unidade da pessoa do Verbo, o instrumento da nossa salvação. (...) Esta obra da redenção dos homens e da glorificação perfeita de Deus (...) realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa Ascensão.
7. Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro - «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» - quer e, sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18,20).
Em tão grande obra, que permite que Deus seja perfeitamente glorificado e que os homens se santifiquem, Cristo associa sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai. Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo.
Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público integral.
Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja.
CARTA ENCÍCLICA “MEDIATOR DEI” DO PAPA PIO XII
19. O culto se organiza e se desenvolve segundo as circunstâncias e as necessidades dos cristãos, se enriquece de novos ritos, cerimônias e fórmulas, sempre com o mesmo intento: "a fim de que sejamos estimulados por aqueles sinais... conheçamos o progresso realizado e nos sintamos solicitados a desenvolvê-lo com maior vigor; o efeito, de fato, é mais digno, se mais ardente é o afeto que o precede". Assim a alma se eleva a Deus mais e melhor; assim o sacerdócio de Jesus Cristo está sempre em ato na sucessão dos tempos, não sendo a liturgia outra coisa que o exercício desse sacerdócio. Como a sua cabeça divina, assim a Igreja assiste continuamente os seus filhos (...).
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (confira números 1077-1109)
1110. Na liturgia da Igreja, Deus Pai é bendito e adorado como fonte de todas as bênçãos da criação e da salvação, com que nos abençoou no seu Filho, para nos dar o Espírito da adoção filial.
1111. A obra de Cristo na liturgia é sacramental, porque o seu mistério de salvação torna-se ali presente pelo poder do seu Espírito Santo; porque o seu corpo, que é a Igreja, é como que o sacramento (sinal e instrumento) no qual o Espírito Santo dispensa o mistério da salvação; e porque, através das suas ações litúrgicas, a Igreja peregrina participa já, por antecipação, na liturgia do céu.
1112. A missão do Espírito Santo na liturgia da Igreja é preparar a assembleia para o encontro com Cristo, lembrar e manifestar Cristo à fé da assembleia, tornar presente e atualizar a obra salvífica de Cristo pelo seu poder transformante e fazer frutificar o dom da comunhão na Igreja.
Pontos a refletir:
= Ao auxiliar a preparação da liturgia da minha comunidade preferimos o entretenimento ou manifestar a realidade de glorificação a Deus e santificação dos homens que ali ocorre?
= Busco compreender e valorizar os gestos e palavras da Liturgia ou os encaro como formalismo e repetição vazia? Manifesta esta minha impressão aos demais catequistas e aos catequisandos?
= Agora compreendemos a dupla dimensão da liturgia: Glorificação de Deus (katabática) e Santificação dos homens (anabática) a partir disso como posso expressar a participação ativa dos fiéis na Liturgia
(Atualizado com as imagens em 29/03/2014)
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