quinta-feira, 24 de abril de 2014

LITURGIA - Aula 3: CONCEITO DE ASSEMBLEIA LITURGICA

(Anotações da aula de 23/04/2014, ministrada pelo diácono Arthur)


3.1 FENÔMENO HUMANO DA ASSEMBLEIA
  • Confluência de pessoas;
  • Fenômeno de comunicação;
  • Funções e formas regulamentadas;
  • Ritualização dos gestos: repetibilidade, participação;
  • Estabelecimento de metas;
  • Acontecimento da comunidade.
  • Liturgia termo apropriado no séc XVI
  • + Antigo: Assembleia (Synaxis
  • Igreja (Ecclesia) = coletividade dos cristãos dispersos + reunião periódica ao redor da Palavra de Deus e da Eucaristia.
  • Liturgia católica: reclama assembleia

3.2 POVO SACERDOTAL 
  • Qachal Yahweh: Assembleia do Senhor.
  • “Vós sois uma raça eleita, um povo sacerdotal...” (1ª Pedro 2,9)
  • Corpo de Cristo 

3.2.1 QACHAL YAHWEH 
  • Deus está presente (Ex 19,17s)
  • Faz ouvir sua Palavra (Dt 4,12 ss)
  • Convocação feita em nome do Senhor:
  • Dedicação do Templo
  • Josias
  • Neemias
Festas judaicas: memória das grandes assembleias históricas
  • Pessach (Páscoa)
  • Sucot (Tendas)
  • Shavuot (Semanas)
  • Pentecostes: nova assembleia

3.2.2 “VÓS SOIS UMA RAÇA ELEITA, UM POVO SACERDOTAL...” (1ª Pedro 2,9)
  • Celebrar em nome do Cristo
  • Façam isso em minha memória (1ª Corintios 11,24)
  • Presença de Cristo Ressuscitado e sua ação salvadora (Mateus 18,20; 28,20)
  • Novo Povo de Deus reúne os filhos de Deus dispersos por toda terra
  • Convocação feita pelos arautos de Cristo


3.2.3 CORPO DE CRISTO 
  • Epifania da Igreja
  • Não diminuir o Corpo de Cristo (S. João Crisóstomo)
  • Unanimidade = uma só fé, um só batismo, uma única assembleia
  • Deus convoca seu povo
  • Mistério pascal
  • Sacerdócio Ministerial
  • Imagem da liturgia celeste
3.3 POVO DE DEUS, HIERARQUICAMENTE ORDENADO 
  • Não há judeu ou grego; nem escravo ou livre; nem homem ou mulher (Gálatas 3,28). 
  • Sem quaisquer distinções, exceto a que quis Cristo
  • Ministérios ordenados
  • Ministros e ministrantes (ministros extraordinários)
  • Participação ativa e inteligente
  • Nada de expectadores mudos (Pio XI)
  • Sem semelhança com cultos pagãos 
  • Edifícios, 
  • Diálogo, 
  • Ação de graças comum.

Presidente/Celebrante
  • Presidente (chefe da oração)
  • Celebrante (sacerdote que oferece o sacrifício e apresenta os dons ao povo de Deus)
  • Em virtude da ordenação e da comunhão eclesiástica – não é delegado pela comunidade

Ministérios
  • A serviço da Palavra de Deus
  • A serviço do Presidente
  • A serviço do povo

Vestes litúrgicas
  • Veste litúrgica e hábito eclesiástico
  • Apagar a individualidade, demonstrar a função e dignidade dos ministros da Igreja
  • Túnica Branca: memória da liturgia celeste, rompimento com as tarefas utilitárias.

BIBLIOGRAFIA 
MARTIMORT. A Igreja em Oração: Introdução à Liturgia. Barcelos: Minho, 1965.
GERHARDS; KRANEMANN. Introdução à Liturgia. São Paulo: Loyola, 2013. 
Bíblia de Jerusalém
(Atualizado em 05/05/2014)

Anexo 1: Liturgia das horas
http://www.liturgiadashoras.org/pascoa/horas/1quartapascoa_vesperas.htm

Anexo 2: Textos para aprofundamento


Pio XII, Mediator Dei
A Igreja, portanto, tem em comum com o Verbo encarnado o escopo, o empenho e a função de ensinar a todos a verdade, reger e governar os homens, oferecer a Deus o sacrifício, aceitável e grato, e assim restabelecer entre o Criador e as criaturas aquela união e harmonia que o apóstolo das gentes claramente indica por estas palavras: "Não sois mais hóspedes ou adventícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, educados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, com o próprio Jesus Cristo por pedra angular, sobre a qual todo o edifício bem ordenado se levanta para ser um templo santo no Senhor, e sobre ele vós sois também juntamente edificados em morada de Deus, pelo Espírito".(21) Por isso, a sociedade fundada pelo divino Redentor não tem outro fim, seja com a sua doutrina e o seu governo, seja com o sacrifício e os sacramentos por ele instituídos, seja enfim com o ministério que lhe contou, com as suas orações e o seu sangue, senão crescer e dilatar-se sempre mais – o que se dá quando Cristo é edificado e dilatado nas almas dos mortais, e quando, vice-versa, as almas dos mortais são educadas e dilatadas em Cristo.

Sacrossanctum concilium
26. As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é «sacramento de unidade», isto é, Povo santo reunido e ordenado sob a direção dos Bispos.
Por isso, tais ações pertencem a todo o Corpo da Igreja, manifestam-no, atingindo, porém, cada um dos membros de modo diverso, segundo a variedade de estados, funções e participação atual.
27. Sempre que os ritos comportam, segundo a natureza particular de cada um, uma celebração comunitária, caracterizada pela presença e ativa participação dos fiéis, inculque-se que esta deve preferir-se, na medida do possível, à celebração individual e como que privada.
Isto é válido, sobretudo para a celebração da Missa e para a administração dos sacramentos, ressalvando-se sempre a natureza pública e social de toda a Missa.
28. Nas celebrações litúrgicas, limite-se cada um, ministro ou simples fiel, exercendo o seu ofício, a fazer tudo e só o que é de sua competência, segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas.

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